terça-feira, 18 de agosto de 2015

 Um exemplo que dificuldade não é impecilho
    Escola do PI recordista em Olimpíada de matemática se destaca no Enem



 Todo os dias, Seu Carlos ouve o que o filho aprendeu na escola. “Eu fico orgulhoso, porque eu não aprendi. E eu quero é que ele aprenda”, disse Seu Carlos.
Bruno é um dos 234 alunos da escola Augustinho Brandão. Ela teve o melhor desempenho do país no Enem entre as instituições que atendem famílias mais pobres do país.


 O adolescente sonha com o diploma de advogado e em mudar as condições de vida da família.
“Eu quero ter uma vida melhor, dar uma vida melhor para minha família futuramente”, contou Bruno.
A escola fica em Cocal dos Alves, no Piauí - um dos municípios com o pior IDH - Índice de Desenvolvimento Humano. O sucesso do colégio começou há 12 anos, quando um grupo de alunos foi incentivado pelo professor Antônio Amaral a participar da Olímpiada Brasileira de Matemática.
“Apostar na educação era uma coisa muito difícil, apostar na escola, então esse foi o nosso principal desafio”, lembrou o professor.
De lá para cá, a escola se tornou uma das recordistas de prêmios na competição – e já coleciona mais de 150 medalhas. Uma fama que já correu o brasil. Alicia foi com os dois filhos do Mato Grosso pra lá em busca de um ensino público de qualidade.
“A gente não tem condições de pagar uma faculdade particular e resolveu fazer esse sacrifício por eles”, disse Alícia Barbosa, dona de casa.
“O nosso lema é: ‘o conhecimento nos permite conquistar e expandir’, então o que a gente quer é isso, que eles conquistem”, afirmou Aurilene Vieira, diretora.
Quem aprende esse lema, não consegue se afastar da escola. Um dos exemplos é o Francimar. Ele cursa o quarto período de matemática na Universidade Federal do Piauí. Nas férias, sempre que pode ele volta à escola. Só que para desempenhar um outro papel: o de professor voluntário.
“Meu desejo é de retribuir o que eles fizeram por mim, por que eles me ajudaram bastante me incentivando, sacrificaram o sábado e o domingo”, contou Francimar de Brito Vieira, estudante universitário.

Atenção que levou Maria Jayne a ganhar uma medalha na Olimpíada de Robótica.
“Os professores daqui são ótimos, eles ensinam do jeito que a gente quer aprender. É a minha casa, é o lugar onde eu aprendo, é o lugar onde vou ter o meu futuro”, disse Maria Jayne, prata na Olimpíada Brasileira de Robótica. 

Veja a reportagem aqui.

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