Falta de incentivo e preconceitos contra a matemática desafiam
professores
Seis a cada dez docentes que lecionam matemática nos anos finais do
Ensino Fundamental não têm formação na área. Mesmo diante dos problemas,
professores de diferentes cantos do país traçam estratégias para conquistar os
estudantes.
A rotina na escola Francis Hime seria a mesma de qualquer
escola pública do Brasil, não fossem os números. Um deles, em especial:
quatrocentos e noventa e nove. Esse é o total de premiações que os alunos do
colégio municipal da Zona Oeste do Rio já receberam em competições de matemática.
O estudante João Vitor Pereira poderia ser definido pelo som das medalhas dele.
Aos 13 anos, ele já tem bronze, prata e dois ouros de diferentes torneios. Mas
João conta que nem sempre foi assim.
"Eu
estudava antes em colégio particular e não gostava muito de matemática. Aí eu
vim pra Francis Hime e acabei me interessando mais. Acho que foi o jeito
da professora explicar. Ela explicava bem, brincando, colocava tudo no quadro e
sempre perguntava se alguém tinha dúvida."
Boa parte desses resultados foi conquistada com o suor do
professor Luiz Felipe Lins, que trabalha na escola há 12 anos. Para cativar os
alunos, ele usa exercícios práticos e jogos de tabuleiro, mas diz que não
existe segredo pra formar turmas bem-sucedidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário