quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Professor de Uberaba utiliza método criativo para ensinar matemática 

Filtros dos sonhos e tecnologia são usados para cativar os alunos. 
Segundo professor, método tradicional não chamou a atenção. 


  Um grupo de estudantes de uma escola municipal de Uberaba está aprendendo a ver a matemática por um outro ângulo. Para cativar os alunos com uma das matérias mais temidas na grade escolar, o professor da disciplina, Cristian Souza Cruz, utiliza técnicas atraentes afim de deixar as aulas mais interessantes.

  Entre os apetrechos aliados do professor estão os celulares e os filtros dos sonhos, uma espécie de amuleto indígena feito com o traçar de linhas. Durante as aulas o professor ensina os alunos a fazer o artesanato e com a teia formada pelas linhas, o professor ajuda os estudantes a identificarem figuras geométricas.
“Eu achei interessante explicar a geometria da matemática com o filtro dos sonhos, porque os alunos podem identificar os polígonos de acordo com os desenhos que vão formando nas linhas”, explicou o professor.
Depois das aulas, o professor ainda deixa os alunos usarem o celular dentro da sala de aula. A atitude conquistou os alunos. “A gente começa a gostar mais da matéria, porque usando uma coisa que a gente está acostumada a usar todos os dias e de forma adequada, a matéria fica até mais interessante e gostosa de participar”, compartilhou a estudante Ana Júlia Neves Gonçalves.
Cristian batizou o projeto como “Matemática nas Nuvens”, e o celular faz parte da segunda etapa, depois que os alunos já fizeram o filtro dos sonhos. A aula diferente começou há um mês, com os alunos do oitavo ano e já deu resultados. “Só o fato de eles poderem usar o celular dentro da sala de aula, já deixa o fato interessante. A gente cria aquele censo de responsabilidade de usar na hora certa.  Eu comecei a explicar do jeito tradicional e vi que não estava dando certo”, explicou o professor.
A escola tem uma rede aberta de internet e empresta computadores aos alunos que não têm celular com tecnologia para navegar. Apesar de projetos como esse, também com resultados positivos em outras escolas, o uso de aparelhos celular em sala de aula é proibido por lei. Em Uberaba são duas leis vigentes: uma municipal e uma estadual. Contudo, as leis possuem brechas e são nelas que as escolas se apegam.
“A tecnologia pode ser usada como ferramenta técnica-pedagógica. Há um acordo com os alunos, então o professor tem que reforçar sempre essas regras. É usado com permissão daquele professor que quer tê-la como ferramenta pedagógica dentro da sala de aula”, avaliou a diretora da escola, Hélia Sandra Trindade Santos.

Veja a reportagem aqui.


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