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| Foto tirada em 19 de janeiro de 2012. |
Este mês comemoramos mais uma aniversário da nossa querida Maria Laura. Para ela, o nosso Parabéns e o agradecimento pela contribuição à Educação Matemática e pelo exemplo de vida.
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A base mais sólida da educação do indivíduo é a escola primária. Por isto, considera que foi fundamental na sua formação ter sido aluna do Grupo Escolar João Barbalho, no Recife, dirigido pela grande educadora Helena Pugó. O Secretário de Educação de Pernambuco, Antonio Carneiro Leão, havia inovado nos métodos pedagógicos e tornado a instrução pública daquele estado uma das mais modernas do país, sendo o João Barbalho uma das escolas de elite. Nela aprendeu a ser criativa e encarar os desafios com determinação.
Na Escola Normal teve a sorte de ser aluna, de 1932 a 1934, de Luiz de Barros Freire. Se no primário fazer contas enormes e fatigantes tornava, para ela, a Matemática insuportável, Luiz Freire mostrou-lhe a beleza dessa ciência e a possibilidade de vir a estudá-la por prazer.
Em 1935, a família Moura Mousinho transferiu-se para o Rio, sendo que ela - a mais velha - já no 4º ano Normal, teve que fazer exame de Madureza - artigo 100 - no Colégio Pedro II a fim de poder cursar o 4º ano ginasial. Primeiro desafio. Foi aluna do Instituto Lafayette e depois do Colégio Sion, em Petrópolis, onde encontrou compreensão e um grande estímulo das religiosas daquela Congregação.
Para estudar Matemática, a nível universitário, o único caminho era a Escola de Engenharia. Prestou vestibular em 1938 e não passou em Desenho, sendo aprovada em Física e Matemática. Em 1939, soube da existência da Universidade do Distrito Federal (UDF); tentou nela matricular-se, mas o vestibular já havia sido realizado. Luiz Freire, então decano da UDF, atendeu à sua pretensão e inscreveu-a no Curso de Matemática com base na sua aprovação no vestibular de Engenharia. Segundo desafio.
Depois de 15 dias de aula, a UDF foi fechada e professores e alunos transferidos para a recém-criada Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi). Foi aluna de Lélio Gama, Costa Ribeiro e Oliveira Junior, que a convidou e a Moema Sampaio Corrêa Mariani para suas monitoras. Depois de formadas em 1942, foram nomeadas assistentes da Cadeira de Geometria.
A vinda dos professores italianos e posteriormente do matemático português Antonio Monteiro tornou a FNFi o primeiro centro de pesquisa em Matemática no Rio. Sob a orientação do Monteiro, defendeu a tese "Espaços Projetivos - Reticulado de seus sub-espaços" para a obtenção da Livre-Docência de Geometria, na época a única possibilidade de obter o grau de Doutor.
Como Livre-Docente, respondendo pela Cátedra de Geometria, em 1953, foi nomeada Catedrática Interina na mesma FNFi, exercendo função como efetiva no Instituto de Matemática da UFRJ, até abril de 1969, quando foi aposentada pelo AI-5. Mais um desafio: ter que sair do Brasil, com o marido José Leite Lopes, também aposentado.
Apresentou-se a oportunidade em Estrasburgo, França, de trabalhar no Institut de Recherches sur l'Enseignement des Mathématiques (IREM), o que lhe permitiu ter uma visão aprofundada dos problemas da Educação Matemática (E. M.) e desenvolver pesquisa. Sempre tinha sido interessada nos aspectos de ensino-aprendizagem da Matemática, mas como diletante. De volta ao Brasil, procurou aproveitar a sua experiência francesa e pôde coordenar a equipe que criou o GEPEM cuja extensão na Universidade Santa Úrsula se consolidou no Curso de Mestrado em E. M.
Pela anistia, em 1980, voltou à UFRJ e lá foi possível desenvolver com mais propriedade os trabalhos de E. M. do Projeto Fundão do SPEC/CAPES/PADCT que, hoje, tem status nacional e internacional como um dos grupos representativos do Brasil nesse campo.
Na Escola Normal teve a sorte de ser aluna, de 1932 a 1934, de Luiz de Barros Freire. Se no primário fazer contas enormes e fatigantes tornava, para ela, a Matemática insuportável, Luiz Freire mostrou-lhe a beleza dessa ciência e a possibilidade de vir a estudá-la por prazer.
Em 1935, a família Moura Mousinho transferiu-se para o Rio, sendo que ela - a mais velha - já no 4º ano Normal, teve que fazer exame de Madureza - artigo 100 - no Colégio Pedro II a fim de poder cursar o 4º ano ginasial. Primeiro desafio. Foi aluna do Instituto Lafayette e depois do Colégio Sion, em Petrópolis, onde encontrou compreensão e um grande estímulo das religiosas daquela Congregação.
Para estudar Matemática, a nível universitário, o único caminho era a Escola de Engenharia. Prestou vestibular em 1938 e não passou em Desenho, sendo aprovada em Física e Matemática. Em 1939, soube da existência da Universidade do Distrito Federal (UDF); tentou nela matricular-se, mas o vestibular já havia sido realizado. Luiz Freire, então decano da UDF, atendeu à sua pretensão e inscreveu-a no Curso de Matemática com base na sua aprovação no vestibular de Engenharia. Segundo desafio.
Depois de 15 dias de aula, a UDF foi fechada e professores e alunos transferidos para a recém-criada Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi). Foi aluna de Lélio Gama, Costa Ribeiro e Oliveira Junior, que a convidou e a Moema Sampaio Corrêa Mariani para suas monitoras. Depois de formadas em 1942, foram nomeadas assistentes da Cadeira de Geometria.
A vinda dos professores italianos e posteriormente do matemático português Antonio Monteiro tornou a FNFi o primeiro centro de pesquisa em Matemática no Rio. Sob a orientação do Monteiro, defendeu a tese "Espaços Projetivos - Reticulado de seus sub-espaços" para a obtenção da Livre-Docência de Geometria, na época a única possibilidade de obter o grau de Doutor.
Como Livre-Docente, respondendo pela Cátedra de Geometria, em 1953, foi nomeada Catedrática Interina na mesma FNFi, exercendo função como efetiva no Instituto de Matemática da UFRJ, até abril de 1969, quando foi aposentada pelo AI-5. Mais um desafio: ter que sair do Brasil, com o marido José Leite Lopes, também aposentado.
Apresentou-se a oportunidade em Estrasburgo, França, de trabalhar no Institut de Recherches sur l'Enseignement des Mathématiques (IREM), o que lhe permitiu ter uma visão aprofundada dos problemas da Educação Matemática (E. M.) e desenvolver pesquisa. Sempre tinha sido interessada nos aspectos de ensino-aprendizagem da Matemática, mas como diletante. De volta ao Brasil, procurou aproveitar a sua experiência francesa e pôde coordenar a equipe que criou o GEPEM cuja extensão na Universidade Santa Úrsula se consolidou no Curso de Mestrado em E. M.
Pela anistia, em 1980, voltou à UFRJ e lá foi possível desenvolver com mais propriedade os trabalhos de E. M. do Projeto Fundão do SPEC/CAPES/PADCT que, hoje, tem status nacional e internacional como um dos grupos representativos do Brasil nesse campo.
Fonte: Academia Brasileira de Ciências
Parabéns a iniciativa de homenagear Maria Laura, exemplo de vida, de perseverança. Pessoas desse gabarito são raras, alem da grande contribuição para tornar a matemática prática e desvinculada de mitos, permite a quem pode conviver uma pouco com ela, um crescimento inimaginável. Com certeza seus exemplos e ensinamentos são aplicados em nossa cidade, Volta Redonda, por suas amigas Jacqueline e Leda. Parabens grande educadora da humanidade, amamos voce. Com carinho
ResponderExcluirLeda
Olá Leda, é isso mesmo. Obrigado por seu comentário.
ExcluirOi...meu nome é Claudio Bernardo Reis Vaz sou Engenheiro Agrimensor e Matemático, trabalhei durante 4 anos dando aula e tive a oportunidade de trabalhar no projeto fundão e ter a felicidade de aprender muito com professora Maria Laura leite lopes. Não dou mais aula trabalho com agrimensura mais levo pra onde for e para td a minha vida esse exemplo de pessoa que é a nossa adorável professora Maria Laura
ExcluirEssa pequena é uma gigante. É um exemplo de vida, acima de tudo.
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